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São Paulo intensifica vigilância contra gripe aviária após confirmação de novos focos

  • Foto do escritor: Geane Gleine
    Geane Gleine
  • 20 de mai.
  • 4 min de leitura

O Estado de São Paulo intensificou recentemente suas ações de vigilância e controle da gripe aviária, conhecida cientificamente como influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), após a confirmação de novos focos da doença em aves silvestres na região. O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde detalha o histórico da doença no território paulista e as estratégias em curso para evitar sua propagação.


Desde que a gripe aviária foi identificada pela primeira vez no Brasil, em meados de 2023, o Estado tem mantido uma vigilância rigorosa, especialmente em áreas costeiras e de grande concentração de aves migratórias. O primeiro foco em São Paulo foi registrado em uma ave silvestre na cidade de Ubatuba, que faz parte do litoral norte, região que apresenta ecossistemas propícios para a circulação do vírus entre espécies animais.

Até o começo de 2025, foram notificados centenas de casos envolvendo exposição humana ao vírus, principalmente por contato com aves infectadas ou suspeitas, muitas vezes sem o uso adequado de equipamentos de proteção. Embora esses episódios tenham gerado preocupação, as investigações laboratoriais descartaram a transmissão ativa do vírus para pessoas até o momento. Mesmo assim, as autoridades reforçam que a gripe aviária continua sendo uma ameaça potencial, dada sua capacidade de mutação e adaptação.


Foto: Cassiane Osório/Ascom Seapi
Foto: Cassiane Osório/Ascom Seapi

Para conter o avanço da doença, São Paulo adotou um conjunto de medidas abrangentes. Entre elas, destacam-se o monitoramento constante de aves migratórias e domésticas, a capacitação de profissionais de saúde para identificar possíveis casos suspeitos, e campanhas educativas direcionadas tanto a criadores de aves quanto à população em geral. Essas campanhas enfatizam a importância do uso de equipamentos de proteção individual e do manejo seguro dos animais.


Além disso, foram implementados protocolos rígidos de biossegurança em fazendas e estabelecimentos comerciais que trabalham com aves, buscando minimizar os riscos de contágio e a disseminação do vírus. As autoridades também recomendam que a população evite contato direto com aves doentes ou encontradas mortas na natureza, e que qualquer suspeita seja comunicada rapidamente aos órgãos competentes.


No aspecto alimentar, o Estado reforça que o consumo de carne e ovos provenientes de aves deve ser feito somente após o cozimento completo, já que o vírus é eliminado com o calor adequado, garantindo a segurança alimentar para a população.


Embora até o momento não haja casos confirmados de transmissão do vírus entre humanos em São Paulo, a vigilância permanece ativa. As autoridades ressaltam que o cenário exige atenção contínua diante do risco de que o vírus possa sofrer mutações que facilitem sua transmissão entre pessoas, o que poderia configurar uma emergência de saúde pública.


O esforço conjunto entre órgãos de saúde, meio ambiente e agricultura visa proteger tanto a saúde pública quanto o setor avícola, importante economicamente para o Estado. São Paulo mantém-se vigilante e preparado para agir rapidamente diante de qualquer sinal de agravamento da situação, reafirmando o compromisso com o controle da gripe aviária e a proteção da população.


O boletim epidemiológico aponta que, até o início de 2025, foram identificados centenas de casos suspeitos envolvendo exposição humana ao vírus, em situações de contato direto com aves infectadas ou potencialmente contaminadas. Embora nenhum caso de transmissão comprovada para humanos tenha sido registrado até o momento, a preocupação com possíveis mutações genéticas do vírus, que poderiam facilitar a transmissão entre pessoas, mantém as autoridades em estado de alerta.

Para conter os riscos, as autoridades de saúde implementaram um conjunto abrangente de medidas que envolvem:

  • Monitoramento ambiental e animal: equipes especializadas realizam o monitoramento constante de aves silvestres, domésticas e migratórias em pontos estratégicos, utilizando armadilhas e testes laboratoriais para detectar precocemente a presença do vírus;


  • Capacitação de profissionais: médicos veterinários, agentes de saúde e vigilância sanitária recebem treinamentos específicos para identificar e agir rapidamente diante de possíveis surtos;


  • Campanhas educativas: voltadas tanto para criadores de aves quanto para a população geral, as campanhas reforçam a importância do uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), higiene adequada e a necessidade de notificar casos suspeitos às autoridades;


  • Biossegurança em granjas e estabelecimentos avícolas: protocolos rigorosos foram instituídos para evitar a entrada e circulação do vírus, incluindo o controle de acesso, desinfecção de veículos e equipamentos, além do isolamento de aves doentes;


  • Coordenação interinstitucional: ações conjuntas entre as secretarias de saúde, agricultura, meio ambiente e institutos de pesquisa garantem uma resposta rápida e integrada;


Gripe aviária pode atingir humanos
Gripe aviária pode atingir humanos

Além dessas medidas, o governo paulista alerta para cuidados domésticos, orientando que as pessoas evitem o contato com aves selvagens ou domésticas que apresentem sinais de doença ou que estejam mortas. Também recomendam que a população cozinhe bem a carne e os ovos antes do consumo, já que o vírus é destruído por altas temperaturas.

Do ponto de vista epidemiológico, a gripe aviária é uma zoonose com grande potencial de causar surtos severos em populações de aves, afetando a produção agropecuária e a economia local. Além disso, a doença representa uma ameaça à saúde humana, especialmente para profissionais expostos diretamente aos animais e para pessoas que manipulam aves sem proteção adequada.


O histórico recente aponta que a disseminação do vírus H5N1 tem sido acelerada pela migração de aves selvagens e o comércio ilegal de animais, fatores que dificultam o controle da doença. Diante disso, São Paulo tem investido em tecnologia e ciência para fortalecer o diagnóstico precoce e o desenvolvimento de vacinas específicas para o setor avícola.

Além dos impactos imediatos, o controle da gripe aviária tem reflexos importantes para a segurança alimentar e o bem-estar social, já que o estado é um dos maiores produtores de aves do país. A mobilização dos órgãos públicos e privados para prevenir uma epidemia de grandes proporções é vista como fundamental para evitar prejuízos econômicos e riscos à saúde pública.


Por fim, o governo paulista reforça que a população deve seguir as orientações sanitárias e reportar qualquer suspeita às autoridades competentes. A vigilância contínua, aliada ao compromisso coletivo, é o caminho para enfrentar e superar os desafios impostos pela gripe aviária, garantindo a saúde das pessoas e a proteção do meio ambiente.

 
 
 

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