Bitcoin se valoriza e aproxima-se de nova máxima histórica, dizem analistas
- Geane Gleine
- 20 de mai.
- 3 min de leitura
O Bitcoin voltou a atrair os olhares do mercado nesta terça-feira (20), com uma valorização de 2% que elevou seu preço para a marca de US$ 105 mil. O movimento de alta reacende as expectativas de que a criptomoeda mais conhecida do mundo possa atingir um novo recorde histórico ainda nesta semana, de acordo com projeções de analistas financeiros.

A atual valorização é impulsionada por uma combinação de fatores, entre eles o crescente interesse institucional, a estabilidade nos indicadores macroeconômicos dos Estados Unidos e a aproximação de decisões monetárias por parte do Federal Reserve. Com os juros em níveis considerados elevados há meses, investidores têm buscado ativos alternativos, como o Bitcoin, para diversificação de portfólio.
Outro ponto de atenção é o comportamento do mercado diante do recente halving — evento que reduz pela metade a recompensa dada aos mineradores da criptomoeda —, ocorrido semanas atrás. Historicamente, esse tipo de ajuste na emissão de Bitcoins tem precedido ciclos de forte valorização, o que reforça o otimismo dos investidores.
Analistas apontam ainda que a expectativa de novas aprovações de ETFs (fundos de índice) de criptomoedas em diferentes bolsas pelo mundo pode ampliar o acesso de investidores institucionais ao mercado, gerando pressão compradora sobre o ativo.
Com a cotação atual girando em torno de US$ 105 mil, o Bitcoin se aproxima do recorde anterior, impulsionando a confiança de que o mercado está entrando em um novo ciclo de alta. Se o ritmo de valorização continuar nos próximos dias, a criptomoeda pode não apenas bater uma nova máxima histórica, mas consolidar uma tendência de longo prazo no cenário global de investimentos.

O cenário atual é impulsionado por uma combinação de fatores econômicos e estruturais. A recente redução das recompensas da mineração, conhecida como halving, aliada à expectativa de avanços regulatórios e maior entrada de investidores institucionais, contribui para o otimismo generalizado no setor de criptoativos.
Para o economista e consultor financeiro Bruno Leal, o movimento de alta é coerente com os ciclos anteriores do mercado cripto. “Após os halvings, o mercado geralmente entra em uma fase de forte valorização. Estamos apenas no início dessa curva. A marca dos US$ 105 mil pode ser apenas uma etapa antes de um novo recorde ainda mais expressivo”, afirma.
Já para a analista de investimentos digitais Carla Mendes, o comportamento recente do mercado também reflete uma mudança na percepção do Bitcoin como reserva de valor.
“Estamos vendo uma migração gradual de grandes investidores para ativos alternativos. Com os juros em patamar elevado nos Estados Unidos e incertezas em outras frentes, o Bitcoin surge como uma alternativa sólida, principalmente diante da escassez programada do ativo.” - diz Carla.
A valorização também tem sido impulsionada pela expectativa da aprovação de novos ETFs (fundos de índice) de criptomoedas em mercados da Ásia e Europa, o que pode aumentar a liquidez e a exposição institucional ao ativo. “Quanto mais veículos regulamentados forem criados para acesso ao Bitcoin, maior será a estabilidade e a confiança no longo prazo”, pontua o gestor de ativos digitais Rafael Bittencourt.
O mercado acompanha atentamente os desdobramentos da semana, que inclui discursos do Federal Reserve e dados macroeconômicos relevantes. Um tom mais dovish (brando) por parte do banco central americano pode impulsionar ainda mais a valorização do Bitcoin.
Com o atual ritmo de crescimento e o aumento do apetite por risco em algumas carteiras, especialistas não descartam que o Bitcoin possa ultrapassar a barreira dos US$ 110 mil antes do fim do mês — o que marcaria uma nova fase no ciclo de alta da criptomoeda.







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