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Fraude de R$ 6,3 bilhões no INSS envolve nomes citados na CPI da Covid e gera crise no governo

  • Foto do escritor: Geane Gleine
    Geane Gleine
  • 13 de mai.
  • 2 min de leitura

Um novo escândalo envolvendo recursos públicos sacudiu o cenário político nacional nesta semana. A Polícia Federal revelou um esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com um rombo estimado em R$ 6,3 bilhões — o maior já registrado na história do órgão. E o que chama ainda mais atenção é a presença de nomes já conhecidos do noticiário: Danilo Trento e Maurício Camisotti, dois dos investigados na CPI da Covid em 2021, estão novamente no centro da tempestade.


Segundo as investigações, o esquema consistia na aplicação de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, feitos por entidades associativas e sindicatos. Muitos desses grupos sequer ofereciam os serviços prometidos aos beneficiários, mas continuavam cobrando mensalidades diretamente da folha de pagamento dos aposentados, sem autorização prévia. O golpe afetou milhões de brasileiros, justamente aqueles que mais dependem de seus proventos mensais para viver.


As fraudes ocorreram entre 2019 e 2024 e foram facilitadas por brechas no sistema de autorização de descontos do INSS. A operação da PF, batizada de Sem Desconto, cumpriu 211 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no Distrito Federal, além de bloquear mais de R$ 1 bilhão em bens dos envolvidos.


O impacto político foi imediato. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo junto com outros cinco servidores. E, diante da gravidade das revelações, parlamentares da oposição protocolaram um pedido de instalação de uma nova CPI, agora para investigar a atuação do INSS e apurar responsabilidades no caso.

Alessandro Stefanutto foi demitido do INSS. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Alessandro Stefanutto foi demitido do INSS. Foto: José Cruz/Agência Brasil

A participação de Trento e Camisotti, personagens que já haviam sido apontados por irregularidades na negociação de vacinas durante a pandemia, levanta questionamentos sobre a reincidência de práticas ilícitas em diferentes esferas da administração pública. Ambos são suspeitos de ligação com entidades de fachada que operavam dentro do esquema.


Diante da pressão, o Ministério da Previdência anunciou que os beneficiários prejudicados começarão a ser ressarcidos a partir da folha de pagamento de maio. Ainda assim, o episódio abala a credibilidade do sistema previdenciário brasileiro e expõe falhas graves de fiscalização e controle.


Com desdobramentos previstos para as próximas semanas, o caso promete movimentar Brasília, reacender os debates sobre a responsabilização de agentes públicos e reavivar memórias da CPI da Covid, que marcou o cenário político em 2021. Agora, os holofotes voltam a iluminar velhos conhecidos — e a indignação popular ressurge diante de mais um escândalo envolvendo os cofres públicos.

 
 
 

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13 de mai.

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