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A técnica controversa que trouxe de volta à vida um lobo extinto há mais de 10 mil anos

  • Foto do escritor: Geane Gleine
    Geane Gleine
  • 8 de abr.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 13 de mai.

Lobos-terríveis estão de volta? Empresa americana recria espécie extinta há milhares de anos

A empresa americana Colossal Biosciences surpreendeu o mundo científico ao anunciar um feito impressionante: a criação de três lobos-terríveis — uma espécie que vagou pelas Américas e foi extinta há cerca de 10 mil anos. A notícia gerou grande repercussão entre pesquisadores, ambientalistas e entusiastas da biotecnologia, levantando uma pergunta intrigante: como foi possível trazer de volta um animal extinto há milênios?


A resposta está na chamada “desextinção genética”, um campo da ciência que une biotecnologia avançada, edição de DNA e estudos de fósseis. A Colossal, que já havia prometido devolver à vida mamutes-lanosos e o dodô, utilizou técnicas de ponta para decodificar e reconstruir o genoma do lobo-terrível (Canis dirus), a partir de fragmentos de DNA encontrados em fósseis bem preservados.

A partir dessa base genética, os cientistas editaram o DNA de espécies vivas próximas — como o lobo-cinzento — para incorporar características-chave do lobo-terrível. O resultado? Três animais geneticamente modificados que carregam traços significativos da espécie extinta, desde o porte físico robusto até características comportamentais.

Embora os lobos recriados não sejam cópias idênticas dos originais, a empresa afirma que eles representam uma “ressurreição funcional” da espécie. Os animais estão sendo monitorados em um ambiente controlado, e os próximos passos envolvem avaliações de comportamento, reprodução e impacto ecológico.


Desafios e debates éticos

A iniciativa reacende o debate sobre os limites da ciência e os impactos ambientais e éticos da desextinção. Por um lado, a tecnologia pode ser uma aliada poderosa na restauração de ecossistemas e no combate à perda de biodiversidade. Por outro, há quem questione os riscos de reintroduzir espécies extintas no mundo atual, onde o ambiente natural original já não existe.

A Colossal Biosciences, no entanto, defende que seu trabalho é parte de um esforço maior para impulsionar a ciência da conservação e abrir novas possibilidades para o futuro da vida no planeta.

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Colossal Biosciences afirma ter criado os primeiros “animais deextintos” do mundo — lobos-terríveis ressurgem após 10 mil anos

A empresa americana Colossal Biosciences anunciou, na segunda-feira (7/4), um marco que pode mudar os rumos da ciência moderna: a criação dos que seriam os primeiros animais “deextintos” do mundo. Trata-se de filhotes geneticamente recriados da espécie lobo-terrível (Aenocyon dirus), que habitou as Américas durante a Era do Gelo e desapareceu há mais de 10 mil anos.


Em um vídeo publicado no X (antigo Twitter), a Colossal exibiu dois filhotes de pelagem branca, com características físicas semelhantes às descritas em fósseis da espécie extinta, além de seus uivos — uma tentativa clara de reforçar a autenticidade do feito. A empresa afirma que esses são exemplares vivos com traços genéticos altamente compatíveis com os lobos-terríveis originais, embora não sejam cópias exatas.


Como eles fizeram isso?

O processo foi possível graças a tecnologias avançadas de edição genética, como o CRISPR-Cas9, que permitem a modificação precisa do DNA. A equipe científica da Colossal começou com fragmentos de DNA extraídos de fósseis bem preservados e sequenciou o genoma do Aenocyon dirus. Depois, compararam esse material genético com o de espécies atuais — especialmente o lobo-cinzento e o cão doméstico — para preencher lacunas e reconstruir as sequências perdidas.

A partir daí, os genes foram inseridos em embriões de espécies modernas, que serviram como “substitutos” para gerar os filhotes. O resultado seria uma espécie geneticamente modificada, com grande semelhança morfológica e comportamental com os lobos-terríveis originais.


“Ressurreição funcional”

Embora ainda não exista consenso científico sobre o uso do termo “deextinção”, a Colossal chama os animais de “ressurreições funcionais”, ou seja, seres vivos que carregam as características genéticas e fenotípicas principais da espécie extinta, mesmo que não sejam clones perfeitos.


Implicações e controvérsias

A notícia causou alvoroço na comunidade científica e também acendeu debates éticos. Especialistas em conservação alertam para os possíveis riscos de inserir novamente espécies extintas no ecossistema atual — que já é bem diferente daquele de milhares de anos atrás. Há ainda quem questione o bem-estar dos animais criados em laboratório e as consequências a longo prazo dessas experiências.

Apesar disso, a Colossal Biosciences afirma que sua missão vai além da curiosidade científica: a empresa pretende usar a desextinção como uma ferramenta para restaurar ecossistemas perdidos, combater a crise da biodiversidade e impulsionar a inovação genética.

Segundo seus fundadores, os lobos-terríveis são apenas o começo. A companhia já trabalha para trazer de volta outras espécies extintas, como o mamute-lanoso e o dodô, usando abordagens semelhantes.


Além de lobos, o grupo também faz pesquisas para tentar deextinguir o mamute-lanoso (Mammuthus primigenius), o dodô (Raphus cucullatus) e o lobo-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus).


 
 
 

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